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Termos técnicos

Termo comum Termo técnico médico
Sensação de nó na garganta Globus hystericus, Sensação de globo, Globus, Globus faríngeo
Joanete Hallus valgus, Hálux valgo
Moscas volantes Floaters, Opacidades vítreas
Dor atrás dos olhos Dor retro-orbital
Dor nos olhos Oftalmalgia
Unha encravada Onicocriptose
Sardas, Sardinhas Efélides
Gagueira, Gaguez, Gaguice Disfluência
Desmaio Síncope
Tontura Lipotimia
Rouquidão Disfonia
Salivação excessiva Sialorreia
Sangramento nasal Epistaxe (pronuncia-se /episˈtaksi/)
Coriza, Secreção nasal, Nariz escorrendo Rinorreia
Catarro nasal Rinorreia mucopurulenta anterior ou posterior
Espirro Esternutação
Tosse Tussis
Vômito Êmese
Ânsia de vômito Náusea
Dor de cabeça Cefaleia
Fazer cocô Evacuar, Defecar
Fazer xixi Urinar, Mictar
Soltar pum Flatulência, Eliminar flatos
Alimentos que produzem gases Alimentos fermentáveis
Drogas que diminuem os gases Drogas antifiséticas

Encaminhamentos

Alteração/Condição/Exame Especialidades competentes
Cisto artrossinovial, Cisto sinovial Ortopedista
Lipoma Cirurgia geral, Dermatologia, Cirurgia plástica, Ortopedia
Biópsia de lesão pulmonar (Broncoscopia) Pneumologia
Biópsia de lesão pulmonar (Toracoscopia, Mediastinoscopia) Cirurgia torácica
Biópsia de linfonodo mediastinal (Mediastinoscopia) Cirurgia torácica
Síndrome do túnel do carpo Ortopedia
Cisto de pâncreas Gastroenterologia, Hepatologia
Cisto hepático Gastroenterologia, Hepatologia
Esteatose hepática Gastroenterologia, Hepatologia, Endocrinologia, Nutrologia, Clínica Médica
TDAH Neurologista, Psiquiatra
Câncer de língua Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Bucomaxilofacial
Câncer de bochecha (mucosa bucal) Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Bucomaxilofacial

Diferença entre exames semelhantes

Avaliação do trato urinário

Exame Principais diferenças Potenciais
Estudo urodinâmico completo Avalia o funcionamento do trato urinário inferior - Diagnóstico de disfunções miccionais
Utiliza cateteres e sensores para medir pressões e fluxos - Monitoramento da eficácia de tratamentos
Pode incluir cistometria, fluxometria e perfilometria uretral - Ajuda na escolha de tratamentos mais adequados
Uretrocistografia miccional Avalia o funcionamento da bexiga e uretra durante a micção - Diagnóstico de refluxo vesicoureteral
Exame radiológico com contraste - Identificação de estenose uretral
Imagens obtidas em diferentes fases da micção - Avaliação de traumas uretrais
Urografia excretora Avalia o sistema urinário superior (rins e ureteres) - Diagnóstico de cálculos renais ou ureterais
Exame de imagem com contraste - Identificação de massas ou tumores renais
Imagens obtidas em diferentes fases da excreção do contraste - Avaliação de anormalidades congênitas do sistema urinário

Exames genéticos

Exame Principais diferenças Potenciais
Cariótipo Avalia a estrutura e o número de cromossomos - Diagnóstico de síndromes cromossômicas, como síndrome de Down, Turner e Klinefelter
Análise de metáfases de células em divisão - Identificação de translocações equilibradas e inversões
- Detecção de aneuploidias e poliploidias
FISH (Hibridação in situ por fluorescência) Uso de sondas fluorescentes específicas para identificar sequências - Diagnóstico de microdeleções e microduplicações
de DNA em cromossomos - Análise de genes específicos e regiões cromossômicas
Permite visualização direta de alterações genéticas específicas - Identificação de rearranjos cromossômicos complexos
PCR (Reação em cadeia da polimerase) Amplificação seletiva de segmentos específicos de DNA - Diagnóstico de mutações pontuais e pequenas deleções e inserções
Detecção de mutações conhecidas - Identificação de portadores de mutações específicas
- Testes pré-natais e pré-implantação para doenças genéticas
Sequenciamento de DNA (Sanger ou sequenciamento de nova geração) Determinação da sequência de nucleotídeos em um gene ou região - Diagnóstico de doenças genéticas causadas por mutações em genes específicos
específica do genoma - Identificação de variantes genéticas associadas a doenças
- Análise de painéis de genes e exomas
Testes de genética molecular específicos Análise de DNA, RNA ou proteínas para identificar alterações - Diagnóstico de doenças metabólicas e distúrbios genéticos
genéticas ou bioquímicas - Análise de genes específicos e proteínas associadas a doenças
- Monitoramento de tratamentos e terapias gênicas
CGH array (Hibridação genômica comparativa por array) Comparação do DNA do paciente com DNA de referência usando - Detecção de alterações cromossômicas submicroscópicas (microdeleções e
microarrays microduplicações)
Identifica ganhos e perdas de material genético - Análise de variações no número de cópias (CNVs) em todo o genoma
em todo o genoma - Estudo de alterações genéticas em doenças complexas e síndromes raras
Exoma (Sequenciamento do exoma) Sequenciamento de todos os éxons, as regiões codificadoras de proteínas, do genoma - Diagnóstico de doenças genéticas raras e complexas
Análise abrangente das regiões codificadoras do genoma - Identificação de variantes genéticas patogênicas e de significado incerto
Utiliza sequenciamento de nova geração (NGS) - Análise de múltiplos genes em um único teste
- Avaliação de indivíduos com fenótipos complexos ou atípicos
- Estudo de herança e análise familiar de variantes genéticas
MLPA Detecta deleções e duplicações de exons em genes 1. Rápida e eficiente na detecção de deleções e duplicações
Utiliza sondas específicas para cada exon do gene de interesse 2. Pode analisar múltiplos exons simultaneamente
Amplifica simultaneamente todas as sondas e analisa os produtos 3. Adequado para identificar anormalidades genéticas que envolvem a perda ou ganho de exons em doenças como a distrofia muscular de Duchenne e outras doenças genéticas

Exemplos de síndromes, doenças ou suspeitas clínicas avaliadas por cada exame

  1. Cariótipo:
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Síndrome de Down (Trissomia do 21)
Síndrome de Turner (Monossomia do X)
Síndrome de Klinefelter (XXY)
Síndrome de Patau (Trissomia do 13)
Síndrome de Edwards (Trissomia do 18)
Translocações equilibradas
Inversões
  1. FISH (Hibridação in situ por fluorescência):
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Síndrome de DiGeorge (microdeleção 22q11.2)
Síndrome de Williams (microdeleção 7q11.23)
Síndrome de Prader-Willi/Angelman (15q11-13)
Síndrome de Wolf-Hirschhorn (microdeleção 4p)
Síndrome de Cri du chat (microdeleção 5p)
  1. PCR (Reação em cadeia da polimerase):
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Fibrose cística (painel de mutações específicas do gene CFTR, incluindo ΔF508, presente em 70% dos casos)
Hemocromatose (mutações C282Y e H63D no gene HFE)
Anemia falciforme (mutação E6V no gene HBB)
Talassemia beta (>200 mutações no gene HBB conhecidas para talassemia beta, IVS-I-110 (G>A) mais prevalente em mediterrâneos, Cd 41/42 (-TCTT) mais prevalente em asiáticos)
Talassemia alfa (geralmente deleções em um ou mais alelos dos genes HBA1 ou HBA2, por exemplo a deleção alfa-3.7, deleção alfa-4.2, ou deleção dupla alfa).
Doença celíaca (identificação dos alelos HLA-DQ2 e HLA-DQ8)
Trombofilia hereditária (detecção das mutações no gene F5 ou F2)
  1. MLPA
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman (deleções e alterações no cromossomo 15)
Síndrome de DiGeorge (deleções no cromossomo 22q11.2)
Síndrome de Williams (deleções no cromossomo 7q11.23)
  1. Sequenciamento de DNA (Sanger ou sequenciamento de nova geração):
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Ataxias espinocerebelares
Síndrome de Marfan
Síndrome de Lynch
Síndrome de Long QT
Síndrome de Brugada
  1. Testes de genética molecular específicos:
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Fenilcetonúria
Mucopolissacaridoses
Doença de Gaucher
Doença de Pompe
Deficiência de G6PD
  1. CGH array (Hibridação genômica comparativa por array):
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Autismo e distúrbios do neurodesenvolvimento
Atraso no desenvolvimento e deficiência intelectual
Malformações congênitas múltiplas e inexplicadas
Anomalias cromossômicas submicroscópicas
Infertilidade e aborto de repetição
  1. Exoma (Sequenciamento do exoma):
Síndromes/Doenças/Suspeitas clínicas
Doenças genéticas raras e complexas
Erros inatos do metabolismo
Doenças neuromusculares
Cardiopatias congênitas
Distúrbios do espectro do neurodesenvolvimento
Imunodeficiências primárias
Doenças mitocondriais
Doenças renais hereditárias
Distúrbios do desenvolvimento sexual
Genodermatoses

O "RFLP" foi mais utilizado no passado

Com o avanço das técnicas de biologia molecular e a disponibilidade de métodos mais rápidos e sensíveis, como PCR, sequenciamento de DNA e outras técnicas, o uso do RFLP (Polimorfismo no Comprimento de Fragmentos de Restrição) como teste de primeira linha tornou-se menos comum.

No passado, chegou a ser utilizado para diagnóstico de diversas doenças, por exemplo:

  1. Doença de Huntington: O RFLP foi usado para identificar marcadores genéticos ligados à mutação de expansão do trinucleotídeo CAG no gene HTT. No entanto, o sequenciamento de DNA e a PCR têm substituído o RFLP como o teste de primeira linha para o diagnóstico da doença de Huntington.
  2. Fibrose cística: O RFLP foi usado para detectar mutações no gene CFTR, como a mutação ΔF508. Atualmente, a PCR e o sequenciamento de DNA são usados como testes de primeira linha para o diagnóstico da fibrose cística, já que são mais rápidos e sensíveis.
  3. Hemocromatose hereditária: O RFLP foi usado para identificar mutações no gene HFE, como C282Y e H63D. Hoje em dia, a PCR é preferida como um teste de primeira linha para o diagnóstico de hemocromatose hereditária.

MLPA

O MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) é uma técnica molecular que detecta alterações no número de cópias de DNA, como deleções e duplicações. Essa técnica é considerada exame de primeira linha para doenças genéticas em que anormalidades no número de cópias desempenham um papel fundamental na patogênese da doença. Aqui estão algumas doenças genéticas para as quais o MLPA pode ser usado como teste de primeira linha:

  1. Distrofia muscular de Duchenne/Becker: O MLPA é usado como teste de primeira linha para identificar deleções e duplicações no gene DMD, que são responsáveis por cerca de 60-70% dos casos de distrofia muscular de Duchenne e 70-80% dos casos de distrofia muscular de Becker.
  2. Síndrome de DiGeorge (22q11.2 Deletion Syndrome): O MLPA pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções no cromossomo 22q11.2, que são a causa genética mais comum da síndrome de DiGeorge.
  3. Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman: O MLPA é usado como teste de primeira linha para identificar deleções e outras alterações no cromossomo 15q11-q13, que são responsáveis pela síndrome de Prader-Willi e pela síndrome de Angelman.
  4. Síndrome de Williams: O MLPA pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções no cromossomo 7q11.23, que são a causa genética mais comum da síndrome de Williams.
  5. Síndrome de Smith-Magenis e Síndrome de Potocki-Lupski: O MLPA pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções e duplicações no cromossomo 17p11.2, que estão associadas às síndromes de Smith-Magenis e Potocki-Lupski, respectivamente.
  6. Síndrome do X frágil: Embora a PCR e a Southern blot sejam os testes de primeira linha para a síndrome do X frágil, o MLPA também pode ser útil para detectar deleções e duplicações no gene FMR1, especialmente em casos onde a expansão de trinucleotídeos não é a causa.

CGH-Array

O CGH-array (Hibridização Genômica Comparativa baseada em microarray) é uma técnica de genética molecular que detecta variações no número de cópias de DNA (CNVs) em todo o genoma. O CGH-array é particularmente útil no diagnóstico de doenças genéticas causadas por deleções, duplicações e outras anormalidades cromossômicas estruturais. Aqui estão algumas doenças e situações em que o CGH-array pode ser considerado como o exame de primeira linha:

  1. Análise de cariótipo molecular: O CGH-array é frequentemente utilizado como um exame de primeira linha para identificar anormalidades cromossômicas submicroscópicas em casos de atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual, autismo e anomalias congênitas múltiplas.
  2. Síndrome de DiGeorge (22q11.2 Deletion Syndrome): O CGH-array pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções no cromossomo 22q11.2, que são a causa genética mais comum da síndrome de DiGeorge.
  3. Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman: O CGH-array pode ser usado como teste de primeira linha para identificar deleções e outras alterações no cromossomo 15q11-q13, que são responsáveis pela síndrome de Prader-Willi e pela síndrome de Angelman.
  4. Síndrome de Williams: O CGH-array pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções no cromossomo 7q11.23, que são a causa genética mais comum da síndrome de Williams.
  5. Síndrome de Smith-Magenis e Síndrome de Potocki-Lupski: O CGH-array pode ser usado como teste de primeira linha para detectar deleções e duplicações no cromossomo 17p11.2, que estão associadas às síndromes de Smith-Magenis e Potocki-Lupski, respectivamente.
  6. Microdeleções e microduplicações: O CGH-array pode ser usado como teste de primeira linha para identificar microdeleções e microduplicações associadas a várias síndromes genéticas, como a síndrome de Wolf-Hirschhorn (4p-), a síndrome de Cri-du-Chat (5p-), a síndrome de Langer-Giedion (8q-) e a síndrome de Miller-Dieker (17p-).

Seleção de exames por síndrome

A Síndrome do X Frágil é uma doença genética causada por uma expansão anormal de trinucleotídeos (CGG) no gene FMR1, localizado no cromossomo X. A prioridade dos exames genéticos para confirmar o diagnóstico da Síndrome do X Frágil pode variar dependendo do contexto clínico e das instalações disponíveis. No entanto, uma ordem de prioridade comum pode incluir:

  1. Teste de PCR e Southern blot: O teste de PCR é frequentemente utilizado para detectar o número de repetições CGG no gene FMR1. No entanto, a PCR tem limitações na detecção de expansões muito grandes (mais de 200 repetições), que são características da síndrome do X frágil completa. Nesses casos, a Southern blot é utilizada em conjunto com a PCR para confirmar a presença de grandes expansões e metilação do gene FMR1. A combinação desses testes permite a detecção tanto de pré-mutações (55-200 repetições) quanto de mutações completas (>200 repetições) no gene FMR1.

Motivo: O teste de PCR e Southern blot é a abordagem padrão para diagnosticar a Síndrome do X Frágil devido à sua alta sensibilidade e especificidade na detecção de expansões de trinucleotídeos no gene FMR1.

  1. Sequenciamento do gene FMR1: Em casos raros, a Síndrome do X Frágil pode ser causada por mutações pontuais no gene FMR1, em vez de expansões de trinucleotídeos. Se os resultados da PCR e Southern blot forem negativos ou inconclusivos, mas a suspeita clínica de Síndrome do X Frágil permanecer alta, o sequenciamento do gene FMR1 pode ser considerado para identificar possíveis mutações pontuais.

Motivo: O sequenciamento do gene FMR1 pode detectar mutações pontuais ou outras alterações genéticas no gene FMR1 que não são identificadas pelos testes de PCR e Southern blot.

  1. Sequenciamento do exoma ou genoma completo: Em casos onde os resultados dos testes de PCR, Southern blot e sequenciamento do gene FMR1 são inconclusivos ou negativos, e há suspeita clínica de uma síndrome genética relacionada ou distinta, o sequenciamento do exoma ou genoma completo pode ser considerado.

Motivo: O sequenciamento do exoma ou genoma completo pode identificar variantes genéticas em outros genes que podem estar associadas a condições genéticas com características clínicas semelhantes à Síndrome do X Frágil, permitindo assim um diagnóstico diferencial mais abrangente.

Doenças cuja principal causa é alteração epigenética

As alterações epigenéticas são modificações químicas no DNA ou nas proteínas associadas ao DNA que podem afetar a expressão dos genes sem alterar a sequência do DNA. Algumas doenças e condições são causadas ou influenciadas por alterações epigenéticas, incluindo:

  1. Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman: Essas síndromes são causadas por alterações na expressão de genes na região 15q11-q13 do cromossomo 15. A síndrome de Prader-Willi resulta da falta de expressão de genes paternos nessa região, enquanto a síndrome de Angelman é causada pela falta de expressão de um gene materno específico (UBE3A) na mesma região.
  2. Síndrome de Beckwith-Wiedemann: É uma síndrome de sobrecrecimento associada a alterações epigenéticas no cromossomo 11p15. A maioria dos casos é causada por alterações na metilação de certas regiões de controle no DNA.
  3. Síndrome de Silver-Russell: É uma síndrome de crescimento intrauterino restrito associada a alterações epigenéticas no cromossomo 11p15 e, às vezes, no cromossomo 7. Aproximadamente metade dos casos é causada por alterações na metilação de regiões de controle no DNA.
  4. Câncer: Muitos tipos de câncer são influenciados por alterações epigenéticas, como a metilação anormal do DNA e a modificação de histonas. Essas alterações podem levar à ativação de oncogenes ou à inativação de genes supressores de tumor, promovendo o desenvolvimento e a progressão do câncer.
  5. Doenças neuropsiquiátricas: Acredita-se que algumas doenças neuropsiquiátricas, como a depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar, possam estar associadas a alterações epigenéticas que afetam a expressão de genes no cérebro.
  6. Doenças autoimunes: Alterações epigenéticas podem influenciar o desenvolvimento e a progressão de doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e esclerose múltipla, por afetar a expressão de genes envolvidos na regulação imunológica.

Testes para identificação de DNA metilado

  1. Teste de metilação específico para a região 15q11-q13: Esse teste é usado como primeira linha no diagnóstico das síndromes de Prader-Willi e Angelman, que são causadas por alterações epigenéticas na região 15q11-q13 do cromossomo 15.
  2. Teste de metilação específico para a região 11p15: Esse teste é usado no diagnóstico das síndromes de Beckwith-Wiedemann e Silver-Russell, que são associadas a alterações epigenéticas na região 11p15 do cromossomo 11.
  3. MS-PCR (Methylation-Specific Polymerase Chain Reaction): O MS-PCR é uma técnica que utiliza primers específicos para regiões metiladas e não metiladas do DNA. A PCR é realizada e os produtos são analisados por eletroforese em gel para determinar o status de metilação da região de interesse. Esta técnica pode ser aplicada a várias doenças, como na detecção de metilação anormal de genes supressores de tumor em cânceres.
  4. Bisulfito de sódio sequenciamento: O sequenciamento de DNA tratado com bisulfito de sódio é uma técnica que permite a detecção direta de metilação no DNA. O bisulfito de sódio converte citosinas não metiladas em uracil, enquanto as citosinas metiladas permanecem inalteradas. Após o tratamento, o DNA é sequenciado, e a metilação pode ser identificada pela presença de citosinas não convertidas. Essa técnica pode ser usada para analisar a metilação em regiões específicas do genoma ou no genoma inteiro (WGBS - Whole-Genome Bisulfite Sequencing).
  5. MeDIP (Methylated DNA Immunoprecipitation): A MeDIP é uma técnica que utiliza anticorpos específicos para metil-citosina para isolar fragmentos de DNA metilado a partir de uma mistura de DNA. O DNA metilado imunoprecipitado pode ser analisado por microarray ou sequenciamento de nova geração (MeDIP-seq) para identificar regiões metiladas no genoma.

Quando usar um MLPA, e não CGH-array?

Tanto o CGH-array quanto o MLPA são técnicas moleculares que detectam variações no número de cópias de DNA, como deleções e duplicações. No entanto, cada técnica tem suas próprias características, vantagens e limitações que podem influenciar a escolha do exame a ser usado, dependendo do contexto clínico e das perguntas diagnósticas específicas. Algumas razões para escolher um exame em vez do outro incluem:

  1. Abrangência do genoma: O CGH-array examina todo o genoma, identificando variações no número de cópias em um grande número de loci simultaneamente. Isso o torna mais adequado para identificar anormalidades cromossômicas submicroscópicas e CNVs em casos de atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual, autismo e anomalias congênitas múltiplas, quando a causa subjacente é desconhecida. Em contraste, o MLPA é uma técnica direcionada que examina um conjunto específico de loci pré-selecionados, tornando-o mais adequado para casos em que uma doença genética específica ou uma anormalidade cromossômica é suspeita.
  2. Custo e tempo: O MLPA geralmente é menos caro e mais rápido do que o CGH-array, o que pode ser um fator importante na escolha do exame. O MLPA pode ser uma opção mais atraente quando a suspeita clínica de uma doença genética específica é alta e é necessário confirmar ou excluir a presença de deleções ou duplicações em genes específicos.
  3. Resolução: O CGH-array pode fornecer uma resolução mais alta em comparação ao MLPA, dependendo do tipo de microarray utilizado. Isso permite a detecção de CNVs menores e pode ser útil na identificação de variantes patogênicas em casos complexos.
  4. Limitações das técnicas: Embora ambos os exames possam detectar variações no número de cópias, eles têm limitações específicas. Por exemplo, o CGH-array não detecta alterações de equilíbrio, como rearranjos cromossômicos balanceados, e pode ter dificuldade em detectar CNVs em regiões altamente repetitivas do genoma. O MLPA, por outro lado, pode ser menos eficaz na detecção de CNVs muito pequenas ou em casos onde a anomalia afeta apenas uma pequena porção do gene de interesse.